Palácio Nacional de Queluz
Próxima de Sintra e de Lisboa, a Real Quinta de Queluz é uma referência da arquitetura palaciana da segunda metade do século XVIII, associada a momentos de divertimento e festa, em íntima relação com os Jardins, para onde estão voltadas as fachadas principais do Palácio. Nos seus interiores, de escala humana, é possível apreciar os ambientes da corte portuguesa da época, bem como a evolução do gosto nos séculos XVIII e XIX, período marcado pelo barroco, rococó e neoclassicismo, remetendo para momentos de grande relevância histórica, na transição do Antigo Regime para o Liberalismo.
O Palácio de Queluz, mandado construir em 1747 pelo futuro D. Pedro III, foi inicialmente concebido como residência de verão. Espaço privilegiado de lazer e entretenimento da Família Real, torna-se residência permanente de 1794 até à partida para o Brasil, em 1807, na sequência das invasões francesas.
D. João VI e a Corte regressam a Portugal em 1821, mas Queluz só voltaria a ser habitado, em regime de semiexílio, pela rainha D. Carlota Joaquina acompanhada pela cunhada D. Maria Francisca Benedita, a "princesa-viúva", a cujo nome ficou ligada uma ala de aposentos. Também o Infante D. Miguel habita o Palácio de Queluz, enquanto rei absolutista, durante o período sangrento das guerras fratricidas que o opuseram a D. Pedro, primeiro Imperador do Brasil e primeiro monarca constitucional português. Logo após a vitória liberal, D. Pedro morre, no Quarto D. Quixote, o mesmo onde nascera. Tinha 35 anos.