Manifesto de D. PEDRO, Duque de Bragança.
Chamado a suceder a ElRei Meu Augusto Pai no Throno de Portugal como seu Filho Primogénito pelas Leis Fundamentais da Monarchia, mencionadas na Carta de Lei, e Edicto Perpetuo de 15 de Novembro de 1825 (…) formalmente reconhecido como Rei de Portugal por todas as Potencias, e pela Nação Portugueza, que Me enviou á Corte do Rio de Janeiro huma Deputação composta de Representantes dos Tres diferentes Estado (…)
Não duvidando que estas Minhas francas expressões penetrarão os corações dos Portuguezes honrados, e amantes da Patria, e que eles não hesitarão em vir unir-se a Mim, e aos leaes, e denodados Compatriotas que Me acompanharão na heróica empresa da Restauração do Throno Constitucional da Rainha Fidelissima Minha Augusta Filha, Declaro que não vou levar a Portugal os horrores da guerra civil, mas sim a paz e a reconciliação, arvorando sobre os muros de Lisboa o Estandarte Real a mesma Soberana, como o pedem as Leis da eterna Justiça, e os votos unânimes de todas as Nações cultas do Universo.
Bordo da Fragata Rainha de Portugal, aos 2 de Fevereiro de 1832.
D. PEDRO, Duque de Bragança
Biblioteca Nacional de Lisboa